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Introdução: Até 15 de maio de 2020, mais de 4 milhões de casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19), incluindo mais de 285 000 mortes, foram relatados à OMS O risco de doença grave e morte tem sido maior em idosos e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, cardiopatia, doença pulmonar crônica e câncer Dados limitados descrevem manifestações clínicas da COVID-19 geralmente mais leves em crianças do que em adultos, mas também mostram que algumas crianças requerem hospitalização e cuidados intensivos Foram relatados relativamente poucos casos de bebês com COVID-19 confirmado;aqueles infectados tiveram doença leve Ainda faltam evidências robustas associando doenças preexistentes e gravidade da infecção em crianças Em 345 crianças com confirmação laboratorial de COVID-19 e informações completas sobre doenças preexistentes, 23% apresentavam doença de base, e as relatadas com maior frequência foram doença pulmonar crônica (incluindo asma), doença cardiovascular e munossupressão Porém, relatos recentes da Europa e da América do Norte descreveram grupos (clusters) de crianças e adolescentes que necessitaram de internação em unidades de terapia intensiva com uma condição inflamatória multissistêmica, com algumas características semelhantes às da doença de Kawasaki e da síndrome do choque tóxico Relatos de casos e pequenas séries descreveram uma apresentação de doença aguda, acompanhada de uma síndrome hiperinflamatória, levando à falência múltipla de órgãos e choque As hipóteses iniciais são de que essa síndrome possa estar relacionada à COVID-19, com base nos testes laboratoriais iniciais As crianças foram tratadas com anti-inflamatórios, incluindo imunoglobulina parenteral e corticoides É fundamental caracterizar essa síndrome e seus fatores de risco para entender a causalidade e descrever as intervenções terapêuticas Ainda não está claro o espectro total da doença, e se a distribuição geográfica na Europa e na América do Norte reflete um padrão verdadeiro, ou se a doença simplesmente não foi reconhecida em outros lugares
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