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?:abstract
  • Estudos com células estromais mesenquimais multipotentes (MSCs) estão em crescente progresso devido às suas propriedades imunomoduladoras, antiinflamatórias, antiapoptóticas e de regeneração tecidual, tornando essa modalidade de terapia celular promissora no tratamento de diversas doenças. Devido à limitada capacidade regenerativa do sistema nervoso central (CNS), causando sequelas funcionais, as MSCs estão sendo investigadas como uma alternativa terapêutica para condições neurológicas inflamatórias, vasculares, traumáticas e degenerativas em diversas espécies animais. A Mieloencefalite protozoária equina (EPM) causada por ambos os protozoários do filo Apicomplexa, Sarcocystis neurona e Neospora hughesi, permanece como uma importante doença neurológica dos equinos nas Américas, embora a maioria dos casos seja devida à infecção por S. neurona. A aplicação da proteômica com sua gama de ferramentas na clínica de equinos pode contribuir significativamente para o entendimento de processos patológicos e facilitar a descoberta de novos alvos terapêuticos ou marcadores diagnósticos. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram avaliar o perfil proteômico do líquido cefalorraquidiano (CSF) antes e após múltiplos transplantes intratecal de MSCs em equinos hígidos e o perfil proteômico do CSF de equinos cronicamente afetados pela EPM. Doze cavalos adultos clinicamente saudáveis foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais: grupo DPBS (DPBS ou control; n = 4) onde a solução salina tamponada com fosfato de Dulbecco\'s (DPBS) foi administrada pela via intratecal; grupo AD-G (AD-G; n = 4), no qual foram realizados transplantes intratecal com MSCs alogênicas de tecido adiposo; e grupo BM-G (BM-G; n = 4), no qual foram realizados transplantes intratecal com MSCs alogênicas de medula óssea. Todos os grupos experimentais receberam três tratamentos seriados (DPBS ou MSCs) com intervalo de 30 dias entre eles. As amostras de CSF foram coletadas dos grupos experimentais imediatamente antes do primeiro tratamento (denominado momento M0 ou Before) e 30 dias após o terceiro tratamento (denominado momento M90 ou After). Ao mesmo tempo, os CSF de 16 equinos clinicamente saudáveis e de 9 equinos cronicamente afetados por EPM foram coletados da subaracnóide, denominados grupo Control (Control; n = 16) e grupo EPM (EPM; n = 9) respectivamente. Cada uma das amostras de CSF do grupo Control e do grupo EPM foram individualmente ressuspendidas e agrupadas em pool, totalizando dois pool representativos de cada um dos grupos experimentais e denominados igualmente (Control e EPM) para avaliar o perfil proteômico dos mesmos. De modo similar, os três grupos que receberam transplantes e coletas de CSF nos dois distintos momentos, foram agrupados em seis pool representativos para cada grupo e momento. Considerando a plataforma proteômica utilizada, os três grupos foram pareadamente comparados: DPBS After vs. Before, AD-G After vs. Before e BM-G After vs. Before, sendo encontradas 208, 211 e 131 proteínas em cada comparação, respectivamente. Do mesmo modo, na comparação pareada do CSF dos grupos EPM e Control, EPM vs. Control, 201 proteínas foram identificadas e 33 proteínas observadas exclusivamente no CSF do grupo EPM. Ademais, também foi observada na comparação pareada dos grupos DPBS, BM-G e EPM, a presença dos três tipos de enolases interagindo entre si (ENO 1, ENO 2 e ENO 3), sendo em DPBS e BM-G como exclusivas do momento After e no grupo EPM como exclusivas dele. Neste contexto, este estudo ao avaliar os perfis proteômico do CSF antes e após múltiplos transplantes intratecal de MSCs em equinos hígidos e do CSF de equinos cronicamente afetados pela EPM permitiu identificar as enolases como potenciais marcadores de lesão neural e/ou de EPM. Novos estudos devem ser realizados para confirmar estes achados e avançar no conhecimento dos efeitos da terapia celular com MSCs pela via intratecal, para o tratamento de lesões neurológicas em equinos.
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  • unk
?:publication_isRelatedTo_Disease
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  • WHO
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  • Perfil proteômico do líquido cefalorraquidiano após transplantes intratecal de células estromais mesenquimais multipotentes em equinos
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  • #213436
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  • 2019

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