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Resumo Este artigo tem como proposição discorrer acerca do acolhimento psicológico enquanto uma prática política de afirmação da vida e da saúde no panorama nacional, onde as políticas públicas para tratar a pandemia de Covid-19 tomam rumos distanciados de uma noção mais ampla de cuidado. Inspiradas na vivência de atuar em um dispositivo de acolhimento de uma universidade pública nesse momento de pandemia, nosso objetivo neste texto consiste em discutir os desafios para ultrapassar um modelo clássico de \'acolhimento\' em psicologia. Fundamentadas na cartografia, percorremos 05 pistas: \'a-pandemia-em-nós\', \'o acolhimento e seus rastros\', \'contato, contágio e a potência dos encontros\', \'o cuidado como revolução numa experiência viva de afirmação da vida\' e \'amparo e afeto numa prática engajada\'. Tais pistas problematizam a prática do acolhimento psicológico partindo da reconfiguração das fronteiras relacionais em situações extremas, no caso, a pandemia, bem como das afetações que esse intervir produz nesse campo de atuação.
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