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No fim de 2019, o Novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2 Este Novo Coronavírus produz a doença classificada como COVID-19, sendo agente causador de uma série de casos de pneumonia na cidade de Wuhan (China) [1] Ainda não há informações plenas sobre a história natural, nem medidas de efetividade inquestionáveis para manejo clínico dos casos de infecção humana pelo SARS-CoV-2, restando ainda muitos detalhes a serem esclarecidos [1] No entanto, sabe-se que o vírus tem alta transmissibilidade e provoca uma síndrome respiratória aguda que varia de casos leves cerca de 80% a casos muito graves com insuficiência respiratória entre 5% e 10% dos casos Sua letalidade varia, principalmente, conforme a faixa etária (Quadro 1) e condições clínicas associadas Portanto, é necessário agir Para esse fim, as melhores e mais recentes evidências foram utilizadas na redação deste documento Pela dinâmica da epidemia e da produção de conhecimento associada a ela, as informações podem sofrer alterações conforme avance o conhecimento sobre a doença dessa forma, este protocolo específico para serviços de Atenção Primária à Saúde / Estratégia Saúde da Família (APS/ESF) nos cenários de transmissão comunitária vai ser atualizado sempre que necessário A APS/ESF é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde Durante surtos e epidemias, a APS/ESF tem papel fundamental na resposta global à doença em questão a APS/ESF oferece atendimento resolutivo, além de manter a longitudinalidade e a coordenação do cuidado em todos os níveis de atenção à saúde, com grande potencial de identificação precoce de casos graves que devem ser manejados em serviços especializados O objetivo deste documento é definir o papel dos serviços de APS/ESF no manejo e controle da infecção COVID-19, bem como disponibilizar os instrumentos de orientação clínica para os profissionais que atuam na porta de entrada do SUS a partir da transmissão comunitária de CoVId-19 no Brasil Considerando a existência de fase de transmissão comunitária da COVID-19, é imprescindível que os serviços de APS/ESF trabalhem com abordagem sindrômica do problema, não exigindo mais a identificação do fator etiológico por meio de exame específico Desta forma, este protocolo foca na abordagem clínica da Síndrome Gripal e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente do agente etiológico Como é de conhecimento de todos, múltiplos agentes virais são responsáveis por essas duas síndromes, sendo o vírus da Influenza o de maior magnitude nos últimos anos Entretanto, há evidências e dados internacionais indicando que a transcendência da COVID-19 pode superar a da Influenza Portanto, a abordagem pragmática deste protocolo unifica as condutas referentes a esses dois grupos de vírus
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